"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas." Ferreira Gullar



9 de janeiro de 2010

Literatura é ficção. (ponto!)

Hoje resolvi comentar sobre algo que vem me incomodando ao longo desses 20 anos em que trabalho com literatura: as pessoas teimam em misturar as coisas!
Quando um artista decide CRIAR uma obra, não é papel do leigo dizer a ele o que essa criação deve ou não ter, como ela deve ser abordada, que caráter deve ter... esse é papel exclusivo do artista!
Pois com a literatura isso se dá da mesma forma: o escritor, ao elaborar sua obra, sabe o que deseja abordar, e como deseja, não importando a interferência de quem está de fora! É por isso que existem livros (considerados maravilhosos pela crítica!) que só conseguem ser lidos pelo autor e pelos críticos... o público não sente prazer ao lê-los! Em compensação, existem ouutros que são malhados pela crítica, que sofrem reprimendas terríveis de instituições (e pessoas!), mas que são fabulosos... dão imenso pazer a quem os lê!
  • Onde eu quero chegar?
Um dos pontos claros é este: é óbvio que quando se pensa num "projeto de leitura" o primeiro grande objetivo é despertar no aluno o gosto, a vontade, o prazer de ler... consequentemente, também é óbvio que a escolha recaia sobre livros engraçados, de aventura, com emoção, com "jogos"... que deixem o leitor com vontade de não largar o livro!
Outro ponto: literatura é transfiguração da realidade! Assim, ela pode representar o mundo em que vivemos, delinear traços do espaço e do tempo reais, mas DEVE reinventar a realidade, senão, ela perde sua característica fundamental!
  • Novamente, onde eu quero chegar?
Pessoa! Se eu abrir O símbolo perdido (Dan Brown) com desconfiança por causa do caráter inverossimilhante de alguns relatos, se eu levar "ao pé da letra" algumas informações e alguns dados presentes na obra, e apostar na ficção como realidade... não dará certo... não vou ter prazer com a leitura!! Funcionou do mesmo jeito quando a Super (revista) esmiuçou o livro e revelou o que era verdade (!) e o que não era... legal! A gente fica sabendo, mas não pode mudar um fator importantíssimo: a obra de Dan Brown (essa e todas as outras!) pode não ser uma literatura de excelência (clássica e blá blá blá...), mas é, hoje, uma das obras mais lidas e há uma boa razão pra isso: ELA DÁ PRAZER!!!!!!
Não peço a todos que amem os livros do projeto, mas que deem a eles uma chance! Que primeiro experimentem, sintam se as verdades que tantos apregoam realmente têm valor lá (na ficção!) ou se é possível ler despretensiosamente, pelo simples prazer da leitura! E deixemos as discussões sobre verdades, ritos maçônicos, pirâmides, endeusamento... para os primeiros encontros no ano letivo de 2010! Lá, sim, podes colocar tuas ideias, apontar tua posição, definir tuas interpretações... por enquanto, faz a leitura como a ficção que é... sem maiores divagações!
Aproveita!!!!

6 de janeiro de 2010

LEITURAS DE FÉRIAS

Fiquei muito feliz ao ver que meus queridos só estavam esperando que eu postasse algo pra começar a responder! Que venham outros, então! Afinal, esse é só o começo da nossa viagem... Em breve comentarei os livros (tô dando um tempo pra que leias, é claro! hehehe...)
Bon voyage...

3 de janeiro de 2010

Celina... (obrigada!... direto do orkut)

Leituras 2
Não, não te recomendo a leitura de Joaquim Manuel de Macedo ou de José de Alencar . Que ideia foi essa do teu professor? Para que havias tu de os ler, se tua avozinha já os leu? E todas as lágrimas que ela chorou, quando era moça como tu, pelos amores de Ceci e da Moreninha, ficaram fazendo parte do teu ser, para sempre. Como vês, minha filha, a hereditariedade nos poupa muito trabalho.
Mario Quintana, Do Caderno H

O símbolo perdido

FATOS
Em 1991, um documento foi trancado no cofre do diretor da CIA. O documento continua lá até hoje. Seu texto em código inclui referências a um antigo portal e a uma localização subterrânea desconhecida. O documento também contém a frase: "Está enterrado lá em algum lugar".
Todas as organizações citadas neste romance existem, incluindo a Francomaçonaria, o Colégio Invisível, o Escritório de Segurança, o Centro de Apoio dos Museus Smithsionian (CAMS) e o Instituto0 de Ciências Noéticas.
Todos os rituais, informações científicas, obras de arte e monumentos citadosneste romance são reais.