"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas." Ferreira Gullar



19 de agosto de 2010

Mais uma vez... John Boyne


Cheguei à livraria sem intenção de comprar um livro para mim, só fui buscar uma encomenda da minha filha! Mas é incrível o poder que os livros têm sobre mim... Olho pra eles e não consigo resistir!

Tinha uns quantos maravilhosos, novidades quentíssimas, grandes lançamentos... só que acabei pondo os olhos em O palácio de inverno (John Boyne, Cia das Letras) e me encantei: Rússia, 1915, Nicolau II, Romanov, Rasputin... romance e História unidos mais uma vez e, pelo visto, de forma bem intrigante!

Enfim, encontrei o que nem tinha ido procurar! Já estou desesperada para devorá-lo... e em seguida contar alguns segredinhos dele por aqui!

1 de agosto de 2010

A origem da lenda!

Terminei hoje Zorro (Isabel Allende, E. Bertrand Brasil) e fiquei com uma estranha sensação de insatisfação! Comprei o livro num impulso. Quando o vi numa prateleira, pensei logo no estilo vigoroso das narrativas de Allende (em especial A casa dos espíritos), li a contracapa (o que não me é muito comum!) e decidi que queria saber o que estava por trás da lenda do cavaleiro negro! Não fiquei exatamente decepcionada, porque, afinal, é um livro e livros me encantam somente porque existem (ainda mais de aventura de "capa e espada"!), mas tive a sensação de que seria necessário um pouco mais para que eu, de fato, a apreciasse. A história é bem interessante, embora as personagens sejam muito semelhantes às dos filmes e das séries que já existem; mas a novidade fica por conta do "início" de tudo: dividida em cinco partes, a narrativa começa com os pais de Diego de La Vega e só vai até o momento em que ele retorna da Espanha e consegue recuperar as posses da família, já utilizando-se do Zorro (sua outra personalidade, conforme a narradora), passando por uma série de viagens malucas, amores impossíveis e sonhos de grandeza!
Agora há pouquinho citei a narradora e passo a me dar conta de que ela é o grande elemento do livro! Só sabemos de sua identidade no final, mas é possível pressentir quem seja a partir da quarta parte, apesar de ela dizer, lá pela terceira, que foi quando o conheceu (ou ainda se, por curiosidade, retomarmos a apresentação da narrativa). Ela é astuta, irônica, criativa, abusa da licença poética... enfim, sem essa voz talvez a obra perdesse o 'sal'...
O aspecto negativo, mesmo, fica por conta da tradução: há problemas nesse setor! Falta de concordância, regências atrapalhadas, frases com sentido incompleto... enfim, uma série de pequenos deslizes que não passarão despercebidos ao atento olhar do leitor, mas que não devem tirar o brilho da estrela de de La Vega e suas fantasias na Califórnia, junto com seus amigos e seu cavalo Tornado!
Voilà! Mais uma dica pra quem gosta de aventuras...