"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas." Ferreira Gullar



21 de abril de 2009

PROJETO M2


Evito falar muito de O vendedor de sonhos (ver primeiras postagens do ano!), pois acredito que é uma obra ímpar: deixa um significado diferente para cada um que a lê. Como professora, falou-me de perto, fez-me questionar minha prática... como mulher, deu-me outra visão do comportamento feminino no contexto social... como pessoa, trouxe-me a possibilidade de avaliar o estar no mundo!
Em todos os sentidos, fez-me pensar muito em Drummond, o poeta Carlos Drummond de Andrade, que usava a poesia como forma de "despertar o homem" e fazê-lo desejar lutar por uma causa, mobilizá-lo diante dos conflitos, sacudi-lo! Sempre gostei de Drummond, desse lado de sua poesia capaz de produzir no leitor o sentido do fazer, do cumprir, do questionar-se... envolvido social e historicamente! Talvez por isso as minhas marquinhas continuem lá... páginas dobradinhas para serem relidas e refletidas, exatamente como faço nos livros de Drummond, principalmente no Sentimento do Mundo, em que os poemas sussurram em meus ouvidos propostas de mudança, possibilidades do novo...
Interessante é que Martha Medeiros também consegue promover esse tipo de sensação nos leitores de suas crônicas! Elas mexem conosco, pois traduzem situações que podem ser facilmente vivenciadas no dia a dia, deixando ao leitor o trabalho de compreendê-las... As turmas de 2º ano foram presenteadas com obras grandiosas! Agora é aproveitá-las...

2 comentários:

  1. OLá!
    Lu, gostei do livro. Entretanto, achei o Vendedor de sonhos "maçante", ele não costuma se equivocar, comecei a gostar dele no final do livro, quando observamos seus erros. No momento em que ele é melancólico parece ser humano.
    Os personagens mais engraçados são a Dona Jurema e o Bartolomeu.
    O livro cumpri seu prpopósito de introspecção, mas isso ocorre de forma gradual. EnquantoN a obra de Cervantes isso acontece de forma mais rápida.
    Tambpem penso que os diálogos do Dom Quixote são mais ricos, sabendo que o autor tem experiências que colaboraram para esse fato.
    Credo!! Escrevi 3 parágrafos. Vou parar por aqui. Adorei o livro, mas gostaria de sacar sua mensagem mais rápido.

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  2. Fui compreender e pensar na obra no final. Lembrando, inclusive, do tecendo a manhã.
    O livro é utópico, mas o sonho é necessário.
    Uma parte marcante é: "sempre precisará de um galo que apanhe o canto de outro galo (...)" isso é real e no livro isso se mostra por meio de seu discípulos.
    Tem outro trecho do poema-não lembro ao certo para escrever- que também ajudou-me quando fiz o projeto.
    Vou durmir! Bjo
    PS: São meia noite.

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