"Um mesmo livro nunca é o mesmo para duas pessoas." Ferreira Gullar



31 de janeiro de 2012

O diário de Anne Frank (Set/2011)

Reli O Diário de Anne Frank (Edição Definitiva - Otto Frank e Mirjam Pressler, Record) pela terceira vez, agora em razão do projeto de leitura da oitava série. Não me canso dele... Na verdade, a primeira vez acredito que estava com quinze anos, numa época em que a escola não oferecia projetos de leitura e acho até que nem se preocupava muito com isso; tive apenas uma professora de Português (na 5ª série, se não me engano!), cujo nome era Virgínia, que lia para a classe: lembro que, com ela, conheci Lygia Fagundes Telles e Clarice Lispector, por exemplo. Mas meu verdadeiro incentivador era meu pai! Numa casa de poucos livros, ele buscava alimentar o desejo de ler da maneira mais acessível na época: comprava livros nas bancas de revistas. Até hoje guardo uma coleção da Abril Cultural que ele fazia, com os Clássicos da Literatura Mundial!

Apesar disso, foi na escola que ouvi falar de Anne Frank e seu diário... e queria muito conhecê-lo. Lembro que me choquei, embora pouco tenha ficado da leitura juvenil. Anos depois, já trabalhando na Mario Quintana, reli para um projeto com o 2º ano do médio, e o que ficou foi a sensação reiterada pela terceira leitura, a mais recente: é uma obra paradoxal - triste e engraçada, desoladora e bela, sofrida e criativa... - e prova para nós, seres livres, que vivemos distantes do conflito histórico em que está inserida, que a vida é maravilhosa! O que Anne deixou foi um legado que deve continuar vivo pelas próximas gerações como a impressão de um olhar ao mesmo tempo ingênuo e crítico, extremamente arguto sobre um dos piores 'desastres' da História da humanidade! Pena que nem todos têm olhos para ver...

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